segunda-feira, 30 de março de 2015

25º ciclo de treinos




E mais uma moedinha, mais uma viagem...
Uma vez que perdi a conta de quantos ciclos já passaram, vou arredondar para 25 e continuar desde aqui.
Este foi um ciclo cheio de surpresas e emoções fortes.

A surpresa mais agradável foi o facto de ter sido mais um livre de spotting.
Que bom é não andar dias e dias com perdas de sangue, não ter o incómodo, não ter a preocupação e acima de tudo não ter os pensamentos de que assim um bebé nunca se vai segurar no meu ventre.

Posso ainda não ter conseguido o meu positivo, mas só o facto de me ver livre das metrorragias já me traz um saborzinho a vitória.
E se isto não fosse suficiente para me trazer os ânimos para cima, os meus ciclos continuam a normalizar (toc toc toc - bate na madeira para não azarar).
Ainda sinto um frio na barriga cada vez que digo isto, como se o simples facto de o dizer os fosse desregular todos, no entanto, tal como acontece com a paragem do spotting, tenho que me mentalizar que cada vitória conta, por pequena que seja.
Este durou 30 dias. Nada mau para que estava habitada a ciclos bem mais longos.

Acho que a única parte menos boa deste ciclo foram os sintomas.
Por esta altura já estou mais do que consciencializada de que os sintomas são muito subjectivos.
Pode não se sentir nada e esta-se grávida e pode sentir-se tudo sem se estar. Digo tudo porque realmente em todo este tempo, acho que já pouco me resta por sentir.
Ainda assim, este ciclo, além daqueles sintomas da praxe que para mim já são normais, como as idas frequentes à casa de banho, o sono e a fome, os meus peitos estiveram ainda mais doridos e cheios que o habitual ao ponto de passar o dia a evitar tocar no que quer que fosse e mesmo assim sentir alguma dor.
Mas o que me fez sonhar alto foi... um sonho.
Um sonho que não era nada de especial, nem extremamente bom, nem mau, um daqueles que poderia passar despercebido se não fosse o facto de ao acordar ter desatado a chorar como se não houvesse amanhã, sem me conseguir controlar por mais que pensasse no ridículo que era estar naquele estado sendo eu uma pessoa que raramente chora e ainda por cima tendo consciência de que tinha sido só um sonho e nem sequer tinha sido trágico.
Passaram vários minutos até conseguir começar a voltar ao normal e alguns mais até conseguir descontrair-me o suficiente para voltar a adormecer e no dia seguinte só pensava que das duas uma, ou estava grávida ou louca.
E pronto, foi o que bastou para me agarrar à esperança de que desta é que tinha sido... até levar com o balde de água fria.

Ainda assim, às vezes o destino planeia as coisas de forma engraçada.
No dia que veio o red, em vez de estar triste e deprimida , estava a caminho da minha consulta de infertilidade e a única coisa que ocupava a minha mente era a curiosidade de saber qual seria o próximo passo para nós, ao fim de quase um ano sem acompanhamento médico.
E, para nossa felicidade, o médico achou por bem, não só avançar já para tratamentos, mas dar-nos mais duas possibilidades de fazer IIU (Inseminação Intra-uterina).
Agora só temos que deixar passar este ciclo e depois lá voltamos nós ao carrossel.

Até lá...
Bons Planos!


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